domingo, 11 de fevereiro de 2007

Flip-book

Os flip-books, ou como também se lhe costuma chamar flip-books, são outro dos brinquedos ópticos muito interessantes, e dos mais divulgados.
Os flip-books são pequenos livros “animados”. Cortam-se entre 25 a 50 folhas com o formato de mais ou menos 5 x 12 cm e de seguida numeram-se essas pequenas no canto superior esquerdo.
Depois é só desenhar. Começamos por fazer um desenho na primeira folha, no lado direito da mesma. Sucessivamente, tendo como referências o desenho anterior, vamos fazendo pequenas alterações, transformações ou movimentos no “objecto” que estamos a desenhar até se completar o trabalho com o último desenho.
Podendo-se pintar ou não, o que a acontecer é um pouco moroso, com uma mola de orelhas prendemos ordenadamente todos os desenhos, e do primeiro para o último fazem-se as folhas do flip-book desfolharem-se.

Aqui começam os problemas próprios à animação, ou seja, a decomposição dos movimentos através de uma série de desenhos.



Nota 1: Para agrafar cerca de 40 ou 50 folhas de papel cavalinho é necessário um agrafador especial que normalmente se encontra em tipografias.

Nota 2: Depois de agrafado, convém apara-lo, para ser fácil e suave o folhear do livro. Se não for aparado, arriscamo-nos a que, ao folheá-lo, haja desenhos que mal se vêem e outros que empancam a sequência.

Nota 3 : Para ser mais fácil manter as características de uns desenhos para outros, podemos colocar os desenhos sobre o vidro de uma janela e assim obter maior transparência dos papeis. Outra solução, se existisse na escola, muito mais cómoda, seria uma mesa de luz.

Se folhearmos lentamente cada fip-book, apercebemo-nos de cada desenho individualmente, e pode servir para analisarmos os movimentos passo a passo. Mas se os folhearmos rapidamente, deixamos de ter a noção de cada desenho, para termos a sensação de que os desenhos estão vivos.

Quanto mais rápido folhearmos os flip-books, mais rápidos serão os movimentos.

Este é exactamente o mesmo principio do cinema com o projector cinematográfico tem um número fixo de imagens por cada segundo de filme – 24 imagens, ou fotogramas por segundo, IPS.

Nota: Podemos ainda fazer um pequeno filme com os nossos flip-books, para isso bastaria filmar cada um deles com uma, duas três ou mesmo mais fotografias por cada desenho.

Para controlar o tempo e a velocidade a que se deslocam as formas que estamos a animar teremos de:
  • Mimar a acção;
  • Cronometrá-la;
  • Multiplicar o tempo obtido pelas 24 IPS e, eventualmente dividir pelo número de fotogramas que fizemos em cada desenho.
Mas aqui estamos a entrar no cinema de animação, que levanta problemas que não tem grande aplicação quando se trata dos brinquedos ópticos, visto que nenhum deles trabalha com uma relação rígida de imagem por segundo.