
Os flip-books são pequenos livros “animados”. Cortam-se entre 25 a 50 folhas com o formato de mais ou menos 5 x 12 cm e de seguida numeram-se essas pequenas no canto superior esquerdo.
Depois é só desenhar. Começamos por fazer um desenho na primeira folha, no lado direito da mesma. Sucessivamente, tendo como referências o desenho anterior, vamos fazendo pequenas alterações, transformações ou movimentos no “objecto” que estamos a desenhar até se completar o trabalho com o último desenho.
Podendo-se pintar ou não, o que a acontecer é um pouco moroso, com uma mola de orelhas prendemos ordenadamente todos os desenhos, e do primeiro para o último fazem-se as folhas do flip-book desfolharem-se.
Aqui começam os problemas próprios à animação, ou seja, a decomposição dos movimentos através de uma série de desenhos.

Nota 1: Para agrafar cerca de 40 ou 50 folhas de papel cavalinho é necessário um agrafador especial que normalmente se encontra em tipografias.
Nota 2: Depois de agrafado, convém apara-lo, para ser fácil e suave o folhear do livro. Se não for aparado, arriscamo-nos a que, ao folheá-lo, haja desenhos que mal se vêem e outros que empancam a sequência.
Nota 3 : Para ser mais fácil manter as características de uns desenhos para outros, podemos colocar os desenhos sobre o vidro de uma janela e assim obter maior transparência dos papeis. Outra solução, se existisse na escola, muito mais cómoda, seria uma mesa de luz.
Se folhearmos lentamente cada fip-book, apercebemo-nos de cada desenho individualmente, e pode servir para analisarmos os movimentos passo a passo. Mas se os folhearmos rapidamente, deixamos de ter a noção de cada desenho, para termos a sensação de que os desenhos estão vivos.
Quanto mais rápido folhearmos os flip-books, mais rápidos serão os movimentos.
Este é exactamente o mesmo principio do cinema com o projector cinematográfico tem um número fixo de imagens por cada segundo de filme – 24 imagens, ou fotogramas por segundo, IPS.
Nota: Podemos ainda fazer um pequeno filme com os nossos flip-books, para isso bastaria filmar cada um deles com uma, duas três ou mesmo mais fotografias por cada desenho.
Para controlar o tempo e a velocidade a que se deslocam as formas que estamos a animar teremos de:
- Mimar a acção;
- Cronometrá-la;
- Multiplicar o tempo obtido pelas 24 IPS e, eventualmente dividir pelo número de fotogramas que fizemos em cada desenho.