domingo, 11 de fevereiro de 2007

Câmara Obscura


Se o que procurarmos é saber como se chegou à reprodução do movimento, ou projecção de imagens em movimento, (o que no fundo resulta de uma ilusão de óptica), afigura-se-nos que podemos encetar a marcha com as primeiras experiências e descobertas ópticas, nos princípios do séc. XIX, deixando mesmo para trás o disco de Newton, que data de 1680, porque foi uma constatação sem seguimento imediato.

Atribui-se a “Câmara Obscura” a Giovanni Battista della Porta, em 1553, se bem que o fenómeno óptico em que se baseia já tivesse sido descrito por Leonardo da Vinci.

A “Câmara Obscura” não é mais do que uma caixa em forma de cubo, completamente fechada, tendo apenas um orifício ao centro de uma das faces. Por um fenómeno óptico, o que é “visto” por esse “olho”, reflecte, de pernas para o ar, na parede oposta. Se a caixa for suficientemente grande, tal fenómeno pode ser visto por um observador, colocado dentro dela.

Se se substituir por um vidro fosco, a parede oposta ao olho ao “olho” da ”Câmara Obscura”, a imagem vista à luz do dia pelo “olho da Câmara” , a imagem vista à luz do dia pelo “olho da Câmara”, vem pintar-se nessa superfície e pode ser vista à transparência por um observador, do lado de fora, colocado na obscuridade.


A Lanterna Mágica

A lanterna mágica é uma inversão da “Câmara Obscura”.

Já não é uma paisagem luminosa que vem pintar-se no interior da “Câmara Obscura”, mas uma imagem pintada no vidro, colocado no foco de uma objectiva, que se projecta sobre uma tela branca. O que nunca era uma “Câmara Obscura”, na outra deu lugar a uma fonte luminosa. O exterior é que deve estar obscurecido.